CRISTO

O termo de origem grega significa “ungido”e traduz o termo hebraico “messias”. Os sumos sacerdotes (Lv 4,3-16; 6,15) e os reis de Israel (1Sm 12,3-5; 24,7.11) eram chamados “ungidos”. Os discípulos de Jesus deram-lhe o nome de “Cristo” (Ungido), reconhecendo-o como o messias prometido (Jo 1,41; 4,25; Mt 16,16).

Em alguns textos Jesus é diretamente chamado “Deus” devido ao monoteísmo hebraico (Jo 1,1; 20,28). Cristo exprime sua divindade com a expressão “Eu sou” (Jo 8,24.28.58; 13,19; cf. Ex 3,14; Is 43,10-13).

É o Filho de Deus: O povo de Israel (Ex 4,22; Os 11,1; Is 1,2; 30,1; Jr 3,22; Is 63,16); o rei e certos chefes (2Sm 7,14; Sl 2,7); os anjos e os justos (Sb 5,1-5; 2,13-18; Jó 1,6) são chamados também filhos de Deus. Jesus recebe este título no batismo (Mc 1,11) e na fidelidade à sua missão (Mc 9,7; 15,39).

Cristo é a fonte de água viva (1Cor 10,1-11; Jo 2,1-11; Ap 21,6; Jo 19,34-37; 7,37-39; Ap 22,1-2) e a Luz dos povos (Lc 1,78s; Jo 1,4-13; 8,12; 9,1s; 12,46-47; At 13,46-47; 26,22s; 1Ts 5,2-7; Ap 21,22-27; 22,16; cf. Is 9,1-6; 42,6-9; 60,1-9).

Cristo é o “Senhor” (Kyrios), título que proclama a divina soberania de Jesus (1Cor 8,5-6; At 10,36; Rm 10,2; 14,7-10; Fl 2,10-11; Jo 20,24-28; 21,7.15-17). Por isso o temor de Javé (Senhor, nesta Bíblia) passa a ser temor do “Senhor” (At 9,31; 2Cor 5,11; Ef 5,21). A “glória”de Javé transforma-se na glória do “Senhor” (Jo 1,14; 2,11; 1Cor 2,8; 2Tm 4,18; 1Tm 3,16; Fl 2,9-11). O dia de Javé -anunciado pelos profetas -passa a ser o “Dia do Senhor” (At 2,20; 17,3; 1Cor 1,8; Fl 1,6-10).

Cristo é o bom Pastor (1Sm 16,10-16; 17,33-37; Ez 34; Mt 25,31-33; Ap 12,5; 19,15; 1Pd 5,4; Jo 10,1-18; Lc 15,1-7); o juiz misericordioso (Lc 7,37; 9,10; 19,5; Jo 8,3; 10,11) e justo (Mt 24,30s; Jo 5,22; At 10,42; 17,31; Rm 2,16).

É a imagem visível do Deus invisível, o novo Adão, a divina Sabedoria (Sb 7,6); é a imagem da “glória”ou resplendor de Deus (2Cor 4,1-6; Cl 1,15); batizados em Cristo, também somos suas imagens (2Cor 3,18; Cl 3,1-11; Rm 8,29; 1Cor 15,49).

Cristo é o Servo do Senhor (Lc 22,20.37; Jo 13,1-15; At 8,30-35; 1Pd 2,21-25; cf. Is 52,13-53,12); manso como um cordeiro, sofre pelos pecados do seu povo (cf. Jo 1,29.36; 1Pd 1,19; Ap 5,6; 8,12).

É o Salvador do mundo (Is 62,11; Zc 9,9; At 5,31; Fl 3,20; Lc 19,10; 1Jo 4,10), a luz do mundo (Mt 4,16; Lc 2,30-32; Jo 8,12; 1Jo 1,5). É aquele que nos remiu do erro e da ignorância (Lc 1,79; Jo 1,9; 3,19; 8,12; 12,46), do pecado e conseqüências (Jo 8,51; Rm 3,24s; 4,25; 5,6-9; Cl 1,14; 1Pd 1,18s; 2,24; 1Jo 1,7; Ap 1,5; 5,9).

Ver “Palavra“.

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