ESPERANÇA

No AT Deus é a essência, meta final e garantia da esperança (Sl 130,5-7) do indivíduo (71,5) e do povo em geral (Jr 14,8; 17,13). Espera-se no poder do braço do Senhor (Is 51,5), do qual vem a salvação (Gn 49,18). Espera-se a vinda da glória do Senhor (At 1,11; 1Ts 4,13-5,11), a conversão de Israel e das nações, a nova aliança baseada no perdão dos pecados (Eclo 2,11; Mt 18,11; Hb 2,17; 4,16; 2Pd 3,9).

Apesar de sua história cheia de contradições e infidelidades, Israel conservou a esperança na graça divina (Os 12,7; Jr 29,11; 31,17; Is 40,31). Foram os profetas que ergueram a bandeira da esperança nos momentos críticos da história, apontando a renovação dos tempos messiânicos (Os 2; Is 40-66; Ez 36-37).

No NT a salvação prometida torna-se de certo modo já presente pela fé: a justificação, a filiação divina, o dom do Espírito e o novo Israel, composto de judeus e pagãos convertidos a Cristo. Por isso muda também o conteúdo e a motivação da esperança. A esperança do cristão é uma “viva esperança” (1Pd 1,3;), que liberta do temor da morte (Ef 2,12; 1Ts 4,13), pois ela está unida ao amor (1Cor 13,13) e à fé em Cristo. O cristão espera a salvação (1Ts 5,8), a justiça (Gl 5,5), a ressurreição (1Cor 15), a vida eterna (Tt 1,2; 3,7), a visão de Deus e sua glória (Rm 5,2). Sua esperança é alegre e corajosa (Rm 12,12; 1Ts 5,8), pois está firmemente ancorada em Cristo (Hb 6,18s).

Ver “Parusia” e Introdução Geral .

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