MORTE

É o destino universal do homem (Js 23,14; 1Rs 2,2; Ecl 12,7). A Escritura não reflete sobre a morte como processo fisiológico. Mesmo quando diz “exalou o espírito”ou “Deus retira o hálito de vida”não se refere à alma em sentido atual, mas à aparência externa da cessação de respiração (Jó 34,14; Ecl 12,7; Mt 27,50; Lc 23,46; Jo 19,30).

A morte repentina e prematura é considerada efeito da ira de Deus (Jó 15,32; Sl 55,24; Nm 27,3), especialmente a morte dos pecadores (Sl 34,23; Pr 11,7; Eclo 41,1; Lc 16,22).

Deus é o Senhor da vida e da morte (1Sm 2,6; Jó 14,5). Esta aparece como hostil a Deus, pertencendo ao império de Satã (1Cor 15,26; Ap 6,8; 20,12s; Hb 2,14).

A morte é vista como conseqüência do pecado (Gn 2,17; 3,19; Sb 2,23s; Eclo 25,24; Rm 5,12; 1Cor 15,21s).

O Xeol é o reino da morte, considerado como uma gruta subterrânea debaixo das águas do abismo (Gn 37,35; 1Rs 2,6; Pr 9,18; Jó 10,21s).

No AT é difícil encontrar a idéia de uma vida para além da morte. Contudo, alguns textos mais tardios falam duma futura ressurreição (Dn 12,2; 2Mc 7,9.11.14.23) e de uma vida junto de Deus (Sb 5,15s; 6,18s).

No NT Cristo aniquilou a morte com a sua própria morte (Rm 5,6-8; 2Cor 5,14s; Gl 3,13; Cl 1,18). Descendo ao Xeol (1Pd 3,19; 4,6), recebeu as chaves do reino da morte (Ap 1,18), o último inimigo a ser vencido (1Cor 15,25s; Ap 20,14).

O cristão, batizado em Cristo, deve morrer diariamente (Rm 6,11s; 8,10; 2Cor 4,7-12; 6,9).

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