O termo vem do latim redimere, “pagar resgate”, “redimir”. “Redimir” é pagar o resgate para libertar da escravidão. Cristo é simultaneamente o nosso redentor e o preço do nosso resgate.
O direito hebraico incluía o “goel” – redentor, libertador, com uma tríplice função: executar a “vingança” (Nm 35,9-29; Dt 19,1-13; Js 20); resgatar as propriedades familiares (Rt 2,19s; 4,4; Lv 25,8-34); ser “goel” na lei do levirato (Dt 25,5-10; Rt 3,13; 4,1-8).
Esta tríplice função do “goel” atribuía-a o AT a Javé e o NT a Cristo:
- “Vinga o sangue dos seus” (Is 47,3; 49,25s; 59,16-20). Também Cristo, o Juiz universal, “vingará os seus discípulos perseguidos” (1Ts 1,6-10; Ap 6,9-11; Lc 18,7).
- Javé resgatará o patrimônio daquele que, no ano jubilar, não tiver nenhum “goel” (Lv 25,10; Is 61,2; 53,4). Cristo inaugura o ano jubilar, ou ano da graça (Lc 4,21).
- Deus tomará conta de Jerusalém na sua viuvez (Is 54,1-8; 44,6; 49,20s; 62,4s). Cristo é também o salvador da sua Esposa, a Igreja (Ef 5,23-25).
“Remir” é libertar da escravidão:
- Leis sobre o resgate dos escravos (Ex 21,1-11; Dt 15,12-18; Lv 19,20).
- Deus resgata o seu povo do Egito (Dt 13,6; 24,17s; Is 19,20-22) e das garras de Babilônia (Is 35,8-10; 51,9-11; Jr 31,10-12). Base para uma teologia sobre a libertação dos escravos.
- Cristo liberta-nos da escravidão do pecado (Mt 11,2-6;Lc 1,77; 4,21; Ef 1,7); da Lei (Gl 3,10-13; 4,1-7; 1Pd 1,17-19) e do “príncipe deste mundo” (Jo 8,44; 12,31; 1Cor 2,8; 2Cor 4,4; Ef 2,2; Hb 2,14; 1Jo 5,18; Ap 12,7s).
Cristo é o preço do nosso resgate, porque nele Deus realiza a nova aliança (Mt 20,28; 1Tm 2,6; Jo 10,17s; Rm 5,6-8; 1Pd 2,9).